Lincoln

Vale a indicação!

Belíssimo filme, com uma brilhante atuação de Daniel Day Lewis no papel principal e direção impecável de Spilberg.

Não espere ver grandes efeitos especiais ou grandes batalhas da Guerra da Secessão. O filme retrata os bastidores do poder. Muitas questões e discussões podem ser levantadas a partir da visualização do filme. Alguns diálogos são primorosos. Na minha avaliação o melhor filme histórico dos últimos anos.

Cartaz de divulgação

Assista também o trailer:

 

Que Mulher!

Primeiro te achei linda. Depois muito mais que linda, quase sobrenatural. Teu olhar, teu corpo e tua boca são irretocáveis. Sorriso lindo.
Pensei apenas no “corpinho”, desconsiderei o pensar. Para que?
Seria abusar da perfeição de Deus.
Depois pensei que você estava querendo fazer caridade para aparecer.
Mas aparecer mais ainda? Seria possível? Necessário?
Assisti alguns discursos seus na Onu e em algumas Ongs e baixei a guarda. Li e vi em alguns vídeos demonstrações de doação ao próximo, de preocupações verdadeiras que colocaram sua vida e status em risco.
Hoje a notícia de seu gesto me comoveu mas não me surpreendeu. Mutilação. Coragem.
Que instigante contradição és tu.
A bela que desfaz de sua beleza para seres ainda mais bela.
Tens o meu desejo. Tens o meu afeto. Tens a minha admiração.
Eu nunca terei você.
Mas tenho, com o que vi hoje de você, a certeza de que admiro e amo loucamente as mulheres que tem a diferença de serem inteligentemente ousadas, para simplesmente tomarem pequenas e corajosas atitudes, que podem fazer o mundo ao seu redor um pouco melhor.
À Angelina Jolie.

O direito ao Delírio – Eduardo Galeano

Vi este vídeo por intermédio do meu professor do Mestrado em Educação/UPF, Prof. Dr. Telmo Marcon. Ele trouxe para a aula de Sociologia da Educação e o achei belíssimo. Então resolvi compartilhar:

Eduardo Galeano (Montevidéu, 1940) é um jornalista e escritor uruguaio. É autor de mais de quarenta livros, que já foram traduzidos em diversos idiomas. Suas obras transcendem gêneros ortodoxos, combinando ficção, jornalismo, análise política e História.
A obra mais conhecida de Galeano é, sem dúvida, As Veias Abertas da América Latina. Nela, analisa a História da América Latina como um todo desde o período colonial até a contemporaneidade, argumentando contra o que considera como exploração econômica e política do povo latino-americano primeiro pela Europa e depois pelos Estados Unidos da América. O livro tornou-se um clássico entre os membros da esquerda latino-americana. (fonte: wikipédia)

Era uma vez

Lembro-me de um menino que aos 16 anos, via a vida como um pobre. Tudo para ele girava ao redor dessa condição. Com sonhos que supostamente estavam bloqueados mas que tinha dento do seu peito um grande coração. Queria descobrir a vida e viver o que o mundo pudesse lhe oferecer. De peito aberto, com uma coragem que não imaginava ter, resolveu ser professor. Estudar a história seria um suporte para explicar seu mundo. Entrou no ônibus dos universitários sem saber se poderia terminar a viagem. Descobriu que sabia guardar a história dos mais velhos e recontá-la com alegria. Visitou o museu, mas seu dinheiro dava apenas para pagar meia entrada. Jogou a sorte na bolsa e perdeu. Foi então que apareceu a bola da vida, num campinho estranho de terra e britas. Viu limões voando, sentiu o peso da inexperiência para rezar na hora do almoço e de grão em grão dizia que iria mudar a história daqueles meninos que brigavam tanto para não serem esquecidos por todos. O futebol foi só uma passagem para a serigrafia, que tatuou no seu coração a necessidade de descobrir que o lixo poderia salvar a sua vida e de todos aqueles ricos meninos. O caminhão dos seu sonhos virou a caminhonete mais linda. Carregava lixos, sonhos e enchia seu coração de alegria a cada subida de marcha. Aprendeu muito, mas muito mais que ousou ensinar. Descobriu também que os sonhos terminam e que a vida de professor é feita de desafios. Desafiou um prefeito, quiz entender a escolha da vida uma prostituta e pensou que os amigos fossem a coisa mais importante do mundo. Sofreu muito por pensar que a educação mudaria o mundo. Mudou o seu. Tornou-se um viajante da história e um passageiro da sua própria. Conheceu o palco e descobriu que o seu sorriso fazia sorrisos e que suas lágrimas multiplicariam outras mais sinceras. Amou. E quando achou que podia controlar a vida, que seria sempre o dono de sua razão, descobriu que para estar vivo e continuar sonhando é preciso ter muita coragem…
Vini
(29/03/2012)

Os números de 2011

Os duendes de estatísticas do WordPress.com prepararam um relatório para o ano de 2011 deste blog.

Aqui está um resumo:

Um comboio do metrô de Nova Iorque transporta 1.200 pessoas. Este blog foi visitado cerca de 3.900 vezes em 2011. Se fosse um comboio, eram precisas 3 viagens para que toda gente o visitasse.

Clique aqui para ver o relatório completo

O natal na 1ª Guerra Mundial

Noite feliz na terra de ninguém: Natal de 1914

Finalmente parou de chover. A noite está clara, com céu limpo, estrelado, como os soldados não viam há muito tempo. Ao contrário da chuva, porém, o frio segue sem dar trégua. Normal nesta época do ano. O que não seria normal em outros anos é o fedor no ar. Cheiro de morte, que invade as narinas e mexe com a cabeça dos vivos – alemães e britânicos, inimigos separados por 80, 100 metros no máximo. Entre eles está a “terra de ninguém”, assim chamada porque não se sobreviveria ali muito tempo. Cadáveres de combatentes de ambos os lados compõem a paisagem com cercas de arame farpado, troncos de árvores calcinadas e crateras abertas pelas explosões de granadas. O barulho delas é ensurdecedor, mas no momento não se ouve nada. Nenhuma explosão, nenhum tiro. Nenhum recruta agonizante gritando por socorro ou chamando pela mãe. Nada.

E de repente o silêncio é quebrado. Das trincheiras alemãs, ouve-se alguém cantando. Os companheiros fazem coro e logo há dezenas, talvez centenas de vozes no escuro. Cantam “Stille Nacht, Heilige Nacht”. Atônitos, os britânicos escutam a melodia sem compreender o que diz a letra. Mas nem precisam: mesmo quem jamais a tivesse escutado descobriria que a música fala de paz. Em inglês, ela é conhecida como “Silent Night”; em português, foi batizada de “Noite Feliz”. Quando a música acaba, o silêncio retorna. Por pouco tempo.

“Good, old Fritz!”, gritam os britânicos. Os “Fritz” respondem com “Merry Christmas, Englishmen!”, seguido de palavras num inglês arrastado: “We not shoot, you not shoot!”(“Nós não atiramos, vocês também não”).

Estamos em algum lugar de Flandres, na Bélgica, em 24 de dezembro de 1914. E esta história faz parte de um dos mais surpreendentes e esquecidos capítulos da Primeira Guerra Mundial: as confraternizações entre soldados inimigos no Natal daquele ano. Ao longo de toda a frente ocidental – que se estendia do mar do Norte aos Alpes suíços, cruzando a França –, soldados cessaram fogo e deixaram por alguns dias as diferenças para trás. A paz não havia sido acertada nos gabinetes dos generais; ela surgiu ali mesmo nas trincheiras, de forma espontânea. Jamais acontecera algo igual antes. É o que diz o jornalista alemão Michael Jürgs em seu livro Der Kleine Frieden im Grossen Krieg – Westfront 1914: Als Deutsche, Franzosen und Briten Gemeinsam Weihnachten Feierten (“A Pequena Paz na Grande Guerra – Frente Ocidental 1914: Quando Alemães, Franceses e Britânicos Celebraram Juntos o Natal”, inédito no Brasil).

Apocalipse: Redescobrindo a Segunda Guerra Mundial

Continuando a “série” sobre a 2ª Guerra Mundial, indico uma minissérie que vi esse fim de semana no Nat Geo. Excelente material, muito bom mesmo, com filmagens reais.

Apocalipse: Redescobrindo a Segunda Guerra Mundial (2009) é um documentário francês em seis episódios dirigido por Daniel Costelle e Isabelle Clarke sobre a Segunda Guerra Mundial.
O documentário é composto exclusivamente de filmagens reais da guerra realizadas por correspondentes de guerra, soldados, integrantes da resistência e civis.
Os filmes a preto e branco foram colorizados com exceção das cenas do Holocausto, que são apresentadas com o preto e branco original.

Twitter

Agora também tenho twitter. Quem quiser pode seguir – Siga @viniciusdrey

Miniséries 2ª Guerra Mundial

Com o sucesso do post anterior (fotos raras da 2ª guerra mundial – o blog registrou mais de 350 acessos) resolvi indicar aos seguidores duas miniséries fantásticas sobre a 2ª Guerra Mundial.
São dois materiais belíssimos, superproduções realizadas pelo canal americano HBO, produzidos por Tom Hanks e Steven Spielberg: BAND OF BROTHERS e THE PACIFIC.
Indico para todos que gostariam de conhecer um pouco mais do cotidiano da guerra. É realista, baseado em muita pesquisa, contou com o auxílio de muitos historiadores para a reconstrução do ambiente de época e muito emocionante.
Sem dúvida, o melhor material audiovisual que já encontrei sobre a 2ª Guerra Mundial. O material original está disponível para compra nos principais sites brasileiros a preços que variam de R$60 a R$150 (séries completas).

Fotos raras da 2ª Guerra Mundial

Selecionei algumas fotos raras (pelo menos eu nunca havia visto) que encontrei da 2ª Guerra Mundial – foram repassadas pelo ex-aluno Eduardo Bianchi. Aqueles que tiverem interesse em ver todas é só acessar o site.